Um laudo de balística da Polícia Científica concluiu que o policial militar Leandro Gadelha da Silva, morto durante um confronto em Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal, foi atingido por um disparo acidental realizado por outro policial. O resultado da perícia, divulgado na última quarta-feira (13), confirmou que o único projétil encontrado no corpo de Leandro, retirado de seu peito, era de munição pertencente à própria polícia.
Leandro foi atingido por cinco disparos: dois no peito, um na perna, um no braço e outro no antebraço. O laudo reforça que o disparo fatal, no peito, foi efetuado por um colega, levantando suspeitas de um erro operacional.
O documento foi encaminhado à Gerência Executiva de Correições e Disciplina da Polícia Militar e ao Grupo de Investigação de Homicídios de Novo Gama. Em nota, a Polícia Militar de Goiás informou que está colaborando com as investigações e fornecendo todas as informações necessárias para esclarecer o caso.
Desde agosto, a possibilidade de um disparo acidental foi levantada pela Polícia Civil. O delegado Taylor Brito informou que um colega de Leandro havia confessado, em depoimento, que poderia ter efetuado o disparo fatal.
“Ponto que merece destaque na investigação é a versão do policial militar ao dizer que um dos disparos efetuados por ele pode ter atingido a vítima Leandro Gadelha de forma acidental”, destacou o delegado na época.
Apesar disso, quatro suspeitos envolvidos na ocorrência foram indiciados por homicídio e tentativa de homicídio. Segundo o relatório policial, eles estavam em uma negociação de arma de fogo, que evoluiu para um tiroteio entre um dos suspeitos e os policiais, resultando na morte de Leandro e em outro homem baleado.
O caso está sob sigilo no Tribunal de Justiça de Goiás, e novos detalhes devem emergir à medida que as investigações avancem. A defesa do policial apontado como responsável pelo disparo fatal afirmou que aguardará a conclusão da investigação para se pronunciar.
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