Na tarde de quarta-feira, 18, a política em Novo Gama atingiu um novo patamar de violência e abuso. Durante uma carreata do candidato Carlinhos do Mangão, uma cena chocante foi registrada: seguranças do governador Ronaldo Caiado agrediram um idoso que protestava pacificamente com uma faixa que dizia "Cadê nosso hospital, governador?". O protesto, legítimo e democrático, foi sufocado de maneira brutal, com o idoso sendo imobilizado por um mata-leão e deixado inconsciente. Tudo isso, nas vistas de Caiado, sem qualquer interferência ou demonstração de reprovação.
A violência física aqui não pode ser ignorada. E mais, o silêncio das autoridades locais é ensurdecedor. Não só o governador deixou de intervir, como a policia militar. Estamos presenciando uma grave crise democrática onde protestos são esmagados com agressão, e as autoridades eleitas se fecham em cumplicidade. Isso levanta uma questão urgente: será necessário que alguém morra para que haja uma resposta da justiça?
Não é a primeira vez que o clima de violência política toma conta de Novo Gama. Recentemente, eu mesmo fui vítima de uma tentativa de homicídio, um ataque planejado por o candidato a vereador, Paulo Jordão presidente da Câmara e que tenta a reeleição.
O prefeito Carlinhos do Mangão e os 14 vereadores do município também permaneceram omissos. Essa escalada de ataques à integridade física de adversários e críticos não pode ser normalizada.
A política no município virou palco de intimidação e brutalidade, o que contradiz completamente os princípios de uma democracia saudável.
O envolvimento de agentes da segurança pública nesse incidente só agrava a situação. A Polícia Militar, que deveria proteger os cidadãos, agora parece agir como braço armado da política, nas costas de um governador que se recusa a repreender tais abusos. Isso é inaceitável. O Estado de Goiás, representado por Caiado, não pode se silenciar diante de uma clara violação dos direitos civis e humanos.
Estamos vivendo em um cenário que se distancia cada vez mais da democracia. A política de Novo Gama não oferece espaço para o diálogo, mas sim para a força bruta. A pergunta que fica é: até quando as autoridades continuarão a ignorar essa realidade? Até quando o povo de Novo Gama terá seus direitos sufocados, e sua voz calada pela violência?
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